domingo, 11 de novembro de 2007

Sem título 3

Você lembra quando me deu aquela caixinha com um laço de fita vermelha?
Puxa, eu achei tão bonita aquela caixinha.
Nem quis abri-la para não correr o risco de estragar.
.
Você disse que o que tinha dentro da caixinha era meu, só meu.
E eu quase desacreditei...
Mas que era sua intenção, isso era.
.
Hoje abri a caixinha.
Acabou a pena da fita.
.
Lá dentro eu vi um mundo em palavras.
Lindas palavras...
Escolhidas com capricho, com devoção.
Mais do que isso: escolhidas com paixão e com dor.
.
Mas a verdade...
A dura verdade é que não era verdade.
As palavras nunca foram minhas, e nunca poderiam ser.
As palavras eram no máximo tuas.
E eu fui no máximo o teu pretexto.