segunda-feira, 14 de abril de 2008

Sem título 5

A menina acendeu mais um cigarro. Uma tragada após a outra, sem dizer uma única palavra.
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_ Você agora fuma, menina?
_ É esporádico.
(...)
_ Esporádico é tipo sempre que dá vontade?
_ Mais ou menos isso.
(...)
_ No que você tanto pensa, menina?
_ Eu?
_ É, você! Tem mais alguém aqui?
_ Eu penso que às vezes é preciso matar.
_ Matar alguém?
_ Matar um sentimento. Amor é erva daninha em solo despreparado.
_ Você precisa parar de fumar, menina.
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A menina apaga o cigarro.
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_ O difícil é matar um sentimento que não é nosso, sabe? O difícil é que é preciso saber gerar ódio ou não há desilusão. E a desilusão é necessária... Eu dei pra fumar, mas odeio o gosto do cigarro. Inferno!

Um comentário:

Unknown disse...

O texto nos faz imaginar rapidamente como são os personagens, e nos deixa com um o ponto de interrogação no final,o que é muito bom( ficamos imaginando o acontecerá com a menina quem é ela...ah! já pensou pq usa tanto a palavra menina em seus rabiscos?), que tal continuar com essa história...estou curiosa.