domingo, 7 de dezembro de 2008

Um brinde à primeira vez

“Vinho, mas só em ocasiões especiais.” Quando ela mostrou a garrafa eu sorri, era um momento especial. Um brinde à primeira vez, porque algo em mim dizia que não seria a última. Um beijo para provar aqueles lábios doces e aquela adolescente sensação de não saber o que fazer com as mãos, já que o único desejo era o de tomá-la. E foi o que fiz, foi o que fizemos. Devagarzinho, porque apesar da sede, não havia pressa. Porque só uma mulher sabe o prazer que é ser deliciosa e lentamente seduzida. Porque não era novidade, mas era a primeira vez. Porque o desejo de guardar a melhor lembrança daquele primeiro encontro, era maior que o arrebatamento das nossas vontades. Porque aqueles olhos iluminavam a penumbra do quarto, e o tato era cada vez mais aguçado pela curiosidade e o desejo. E então, cada peça despida era um presente, cada sensação do toque era uma dádiva, mas nada se compara ao prazer de percebê-la encharcada só com estas doces carícias. Foi instinto, imediato, também melei. E provei. Provamos. Nos beijamos, nos bebemos, nos comemos, porque a minha sede era dela e a sede dela de mim. Porque nunca as horas passaram tão rápido, porque os gemidos nunca foram tão intensos, porque a vontade nunca foi tanta e o prazer nunca foi tão explícito e sem vergonha. E quando lembro melo, sorrio, contraio, estremeço e gozo. “À primeira vez!”, foi o brinde. Memorável, inesquecível."

B. em seu blog "A vida Secreta"
http://www.avidasecreta.com/um-brinde-a-primeira-vez/

Um comentário:

Thiago Pacheco disse...

Putz, muito tempo que não passo por aqui. Tenho seu blog entre meus favoritos e sempre visito os favoritos. Já tinha visto o texto antes, mas não tinha comentado.

Curti muito o texto, o modo como esclareceu a cena. Muito bom.
Se a intenção é excitar...conseguiu.

Abraços!